domingo, 11 de dezembro de 2011

JEJUM: o que é , seus efeitos, tipos, como e porque realizar.





Introdução e definição.
Para conhecer melhor a respeito do Jejum, realizei uma pesquisa e descobri, o que o mundo cecular pensa sobre o jejum dos evangélicos. Primeiro a definição do termo:
“Jejum é uma palavra usada de formas variadas quando alguém opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo do zero, idealmente atingindo o zero, por um período de tempo, geralmente pré-determinado. Existem diversos motivos que levam uma pessoa a fazer jejum, como a greve de fome política, jogos de desafio, vaidade para com o corpo. Os principais motivos, contudo, são religiosos ou medicinais.”
Depois o que dizem sobre o nosso jejum:
“Os protestantes não tem datas específicas para jejuar. O jejum é baseado no sentido bíblico literal, que é uma forma de 'matar a carne'. Quando você 'mata a carne', você está fortalecendo o seu espírito, vencendo motivações egoístas e assim, se aproximando mais de Deus. O jejum pode ser a abstinência não só de alimentos e liquidos, mas de qualquer coisa ou hábito que tenha se tornado 'indispensável', como forma de entrega e dependência real de Deus. O jejum eficaz é acompanhado de leitura bíblica e oração. Ele também varia de acordo com a idade, condição de saúde, necessidade de esforço entre outros. O modo de se jejuar no meio evangélico é fazer uma oração dizendo a Deus que a partir daquele horário ele estará jejuando, e, quando o jejum terminar, ele (ou a igreja) fazem uma consagração, entregando o jejum nas mãos de Deus. Eles creem que, jejuando, a pessoa fica mais forte espiritualmente e mais resistente ao inimigo. É comum igualmente que não se demostre para outras pessoas seu jejum, devido a crença de que isto se trata de um ato particular entre o homem e Deus.”

Motivos para jejuar
Veja que a visão que eles tem sobre o nosso Jejum não é tão equivocada assim. A Bíblia nos ensina algo muito interessante sobre os motivos de jejuar. Veja o que o profeta Isaias falou a respeito da  motivação de jejuar:
                                                                      
1. Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.
2. Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos; como se fossem um povo que praticasse a justiça e não tivesse abandonado a ordenança do seu Deus, pedem-me juízos retos, têm prazer em se chegar a Deus!,
3. Por que temos nós jejuado, dizem eles, e tu não atentas para isso? Por que temos afligido as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais, prosseguis nas vossas empresas, e exigis que se façam todos os vossos trabalhos.
4. Eis que para contendas e rixas jejuais, e para ferirdes com punho iníquo! Jejuando vós assim como hoje, a vossa voz não se fará ouvir no alto.
5. Seria esse o jejum que eu escolhi? O dia em que o homem aflija a sua alma? Consiste porventura, em inclinar o homem a cabeça como junco e em estender debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isso jejum e dia aceitável ao Senhor?
6. Acaso não é este o jejum que escolhi? Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?
7. Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
8. Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
9. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;
10. e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.
11. O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.
12. E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas para morar.”  (Isaias 58)

Não dá para não reparar que o Jejum deve ter um motivo certo que deve ser acompanhado de uma atitude de justiça (Is 58:6). Só assim a cura brotará (Is 58:8) Em resumo o jejum de ser a abstinência de algo com o objetivo de consagrar-se a Deus, buscar a sua palavra. Tem um simbolismo muito interessante eu me afasto de algo, o alimento, eu estou me afastando do mundo para se aproximar de Deus. Esta atividade deve ser acompanhada, logicamente, de uma atitude de reverencia, e adoração de comunhão com o Senhor.
Mas para nós o que é e o que pode fazer nossa vida? A resposta parece clara. Se eu busco a Deus através do jejum, com ou sem um proposito definido, eu trago os céus até mim. As minhas petições são atendidas, as minhas causas são julgadas. Nós veremos nos tipos de Jejum, abaixo, algumas situações que, na Bíblia foram resolvidas com jejum.  Repare que em cada “tipo” de Jejum há uma atitude que deve ser adotada enquanto de realiza o jejum. Todas se relacionam o  texto de Isaias.
Tipos de Jejum
Para apresentar as razões resolvemos classificar em tipos epersonagens do jejum. Esclarecemos assim a importância dessas nove razões para jejuar, nestes  nove personagens bíblicos cuja vida ilustra cada um dos aspectos do Jejum.
1. O jejum do discípulo (Mt 17.21)
O objetivo é “soltar as ligaduras da impiedade” (Is 58.6). Buscar libertação da escravidão do pecado e do diabo para si mesmo ou para outros. Existem certas castas de demônios que só saem pela oração acompanhada de jejum. Os discípulos não jejuavam, por isso não puderam libertar o garoto.
Tenha com atitude: Renuncie a todo controle falso do inimigo; reconheça o autoengano; perdoe para vencer a amargura; submeta-se à autoridade de Deus e da Igreja; assuma responsabilidades pessoais e livre-se das influências pecaminosas.

2. O jejum de Esdras
(Ed 8.23)
O objetivo é “desfazer as ataduras da servidão” (Is 58.6). Resolver problemas, invocar a ajuda do Espírito Santo, aliviar pesos e superar barreiras que nos impedem de caminhar com alegria diante do Senhor. Deus já havia liberado a benção de voltar para a terra de Israel, mas haviam inimigos no caminho que tentavam bloquear a bênção. No mesmo princípio, já temos a bênção do Senhor, mas às vezes precisamos romper com pesos e resolver problemas.
Atitudes corretas: Escolha os que se comprometerão a jejuar com você; compartilhe o problema para ser ajudado; jejue com seriedade a espera de orientação antes de tentar uma solução própria.

3. O jejum de Samuel
(1Sm 7.6)
O objetivo é “por em liberdade os oprimidos” (Is. 58.6). Para ganhar almas, se identificar com pessoas escravizadas, orar e ser usado por Deus para tirar pessoas do reino das trevas e trazê-las para o reino de Deus. É o jejum do avivamento. Samuel jejuou para que Israel fosse liberto do pecado.
Atitudes: Convoque a célula para reunir-se e jejuar
(v.5,6); demonstre arrependimento genuíno (v.3,6); afaste-se do pecado secreto; faça a confissão do pecado pelo grupo (Dn 9); espere a liberação de uma Palavra de Deus (1Sm 3.1); faça do seu jejum um símbolo de sua atitude.

4. O jejum de Elias (1Rs 19. 4-8)
O objetivo é “despedaçar todo jugo” (Is 58.6). Superar problemas emocionais ou mentais que controlam nossas vidas e devolver o controle ao Espírito do Senhor. Embora não se diga que foi um jejum, Elias deliberadamente ficou sem se alimentar enquanto fugia de Jezabel. Depois desse jejum, ele foi ministrado no monte do Senhor.
São atitudes deste Jejum: Prepare-se fisicamente e emocionalmente
(v.5-8); reconheça seus limites; vá para um lugar onde você possa encontrar- se com Deus; jejue para ouvir a palavra do Senhor (v.9); deixe que a Palavra de Deus revele sua franqueza; confesse sua fraqueza diante de Deus (v.10); não espere sempre manifestações extraordinárias de Deus (v.11-13) e veja Sua palavra de maneira positiva (v.15,16).

5. O Jejum da viúva
(1Rs 17. 13-16)
O objetivo é “repartir o pão faminto e abrigar o pobre desamparado” (Is 58.7). Suprir as necessidades básicas das pessoas que estão ao nosso derredor. Deus enviou o profeta Elias a uma viúva pobre que estava prestes a morrer de fome. Mas Elias em vez de dar-lhe comida, pediu o que ela tinha para ele mesmo. Quando a viúva resolveu dar ao profeta a última comida que lhe restava, ficando ela mesma de jejum, o Senhor fez o milagre da multiplicação.
Atitudes: Volte-se para o seu próximo; reconheça as próprias bênçãos; separe uma parte do seu próprio suprimento para suprir outros; jejue e ore para receber orientação de Deus; ore por aqueles a quem você ajuda; identifique-se com o sofrimento dos outros.

6. Jejum de Paulo
(At 9.9)
O objetivo é “romper a luz como a alvorada” (Is 58.8). Quando temos de tomar decisões cruciais, precisamos permitir que a luz de Deus venha trazer discernimento e uma perspectiva esclarecedora. Depois de encontrar com o Senhor no caminho de Damasco e ficar cego, Paulo começou a jejuar e, no final deste jejum, Ananias foi enviado a ele para que voltasse a ver e fosse batizado.
Ao realizar o jejum: Separe tempo para ouvir o Senhor; faça uma auto avaliação honesta; deixe de lado o seu esforço e renda- se a Deus; procure um lugar apropriado para orar; aplique-se à oração e obedeça ao que você ouviu de Deus.

7. O Jejum de Daniel
(Dn 1.8)
O objetivo é “a tua cura brotará sem detença” (Is 58.8). Para conseguir uma vida mais saudável ou receber cura para alguma enfermidade. Daniel se absteve de alimentos pagãos e manjares do rei para honrar a Deus. No final, o resultado foi que ele estava mais saudável que os demais da corte do rei.
Assim você de ter um compromisso espiritual no seu jejum; fazer do seu jejum um tempo de disciplina; orar para compreender onde há pecado na sua dieta alimentar; realize do seu jejum uma declaração de fé; entender que o próprio jejum é um meio legítimo de ter saúde física.
Muito usado nas igrejas nos dias atuais  como convocação os jejum o Jejum de Daniel tem algumas características:
São 21 dias orando três vezes ao dia e comendo somente verduras, legumes e frutas; bebendo água e sucos naturais.

"Resolveu Daniel, firmemente, não se contaminar com as finas iguarias do rei. Experimenta, peço-te que se nos dêem legumes a comer e água a beber" (Dn 1:8-12)

Como é feito o jejum de Daniel ? Nos 21 dias do jejum de Daniel, quem estiver fazendo deverá abster-se de qualquer hábito que produz prazer carnal. Cada pessoa deverá tomar suas próprias decisões. Lembrando que o período do JEJUM DE DANIEL, é a morte do homem natural (carnal) e a ressurreição do homem espiritual (I Co 2:14-15).

8. O jejum de João Batista
(Lc 1. 15)
O objetivo é “a tua justiça irá adiante de ti” (Is 58.8). Que o nosso testemunho e influência do sal do Senhor em nossas vidas sejam realçados diante das pessoas. João Batista tinha o jejum como estilo de vida, pois era nazireu, não bebia nada que viesse da uva. Isso o caracterizava como alguém separado pelo senhor para uma missão especial.
Atitudes correta: Faça do seu jejum uma proclamação de sua separação para Deus; decida ser alguém que possui uma vida devotada a Deus; trabalhe com a possibilidade de fazer do jejum um estilo de vida; registre por escrito o testemunho que você deseja obter e submeta seu estilo de vida a Jesus.

9. O Jejum de Ester
(Et 4.16; 5.2)
O objetivo é que “a Glória do Senhor esteja sobre nós” (Is. 58.8). O jejum de Ester não foi para poupar a própria vida, mas para que a Glória do Senhor se manifestasse livrando o seu povo.
Ao realizarmos o jejum precisamos  reconhecer o inimigo como a origem do perigo; entenda a natureza da batalha espiritual; reconhecer o poder de Deus para guardá-lo; devemos jejuar para vencer a cegueira espiritual; precisamos entender que o jejum é apenas parte do processo e que jejum para a batalha são mais efetivos quando feito em grupo.
Quanto ao jejum de Ester precisamos entender também que Ester sabia da situação critica que enfrentava-se, e se posicionou em jejum e oração, pois sabia que seria necessária uma intervenção de Deus para que o rei Assuero não só aceitasse ouvi-la, mas atendesse o desejo do seu coração. A situação de Ester era delicada, mas ela agora entendia plenamente o porque de Deus a colocar como rainha, pois o Pur  já estava lançado, a lei já estava assinada pelo rei, já tinha dia e hora para todo o povo judeu morrer, e o que Ester deveria realizar seria uma tarefa impossível aos olhos humanos, pois a lei era irrevogável. E muitas vezes enfrentamos situações delicadas, momentos em que humanamente se torna impossível um desfecho favorável, e neste momento muitos se desesperam, tem atitudes loucas, fogem de suas responsabilidades, são guiados pela carne e consequentemente vivem assolação, tristeza e morte.
Mas aprendemos uma grande lição espiritual com Ester, ela usou da arma do jejum e da oração.

“6 - Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
7 - E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
Filipenses 4.6-7
Ester em oração e jejum venceu toda ansiedade proveniente da aflição e insegurança que sentia em face ao seu grande desafio, e recebeu a paz de Deus que a orientou sobre a estratégia certa para abordar o rei e recebeu o seu favor. Quando você estiver em jejum poderoso, orando incessantemente, tenha certeza que Deus te dará paz em meio a tuas guerras, a direção, a palavra certa, a atitude correta, para que você possa entrar na presença do Rei Jesus preparado para receber o desejo de seu coração.

Estas considerações servem apenas de orientação aos propósitos e significados do jejum. Nunca podemos esquecer que experiência de cada um com Deus deve ser individual, personalíssima, não pode ser transferida dever realizada e vivida entre você e Deus!

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