Introdução e definição.
Para conhecer melhor a
respeito do Jejum, realizei uma pesquisa e descobri, o que o mundo cecular
pensa sobre o jejum dos evangélicos. Primeiro a definição do termo:
“Jejum é uma palavra usada de formas variadas quando alguém
opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo do zero,
idealmente atingindo o zero, por um período de tempo, geralmente
pré-determinado. Existem diversos motivos que levam uma pessoa a fazer jejum,
como a greve de fome política, jogos de desafio, vaidade para com o corpo. Os principais
motivos, contudo, são religiosos ou medicinais.”
Depois o que dizem sobre
o nosso jejum:
“Os protestantes não tem datas específicas
para jejuar. O jejum é baseado no sentido bíblico literal, que é uma forma de
'matar a carne'. Quando você 'mata a carne', você está fortalecendo o seu
espírito, vencendo motivações egoístas e assim, se aproximando mais de Deus. O
jejum pode ser a abstinência não só de alimentos e liquidos, mas de qualquer
coisa ou hábito que tenha se tornado 'indispensável', como forma de entrega e
dependência real de Deus. O jejum eficaz é acompanhado de leitura bíblica e
oração. Ele também varia de acordo com a idade, condição de saúde, necessidade
de esforço entre outros. O modo de se jejuar no meio evangélico é fazer uma
oração dizendo a Deus que a partir daquele horário ele estará jejuando, e,
quando o jejum terminar, ele (ou a igreja) fazem uma consagração, entregando o
jejum nas mãos de Deus. Eles creem que, jejuando, a pessoa fica mais forte
espiritualmente e mais resistente ao inimigo. É comum igualmente que não se
demostre para outras pessoas seu jejum, devido a crença de que isto se trata de
um ato particular entre o homem e Deus.”
Motivos para jejuar
Veja que a visão que
eles tem sobre o nosso Jejum não é tão equivocada assim. A Bíblia nos ensina
algo muito interessante sobre os motivos de jejuar. Veja o que o profeta Isaias
falou a respeito da motivação de jejuar:
1. Clama em alta
voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a
sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.
2. Todavia me
procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos; como se fossem um
povo que praticasse a justiça e não tivesse abandonado a ordenança do seu
Deus, pedem-me juízos retos, têm prazer em se chegar a Deus!,
3. Por que temos nós
jejuado, dizem eles, e tu não atentas para isso? Por que temos afligido as
nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais, prosseguis nas
vossas empresas, e exigis que se façam todos os vossos trabalhos.
4. Eis que para
contendas e rixas jejuais, e para ferirdes com punho iníquo! Jejuando vós
assim como hoje, a vossa voz não se fará ouvir no alto.
5. Seria esse o
jejum que eu escolhi? O dia em que o homem aflija a sua alma? Consiste
porventura, em inclinar o homem a cabeça como junco e em estender debaixo de si
saco e cinza? Chamarias tu a isso jejum e dia aceitável ao Senhor?
6. Acaso não é este
o jejum que escolhi? Que soltes as
ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir
livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?
7. Porventura não é
também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres
desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
8. Então romperá
a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá
adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
9. Então clamarás, e
o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio
de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;
10. e se abrires a
tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e
a tua escuridão será como o meio dia.
11. O Senhor te
guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus
ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca
falham.
12. E os que de ti
procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de
muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas
para morar.” (Isaias 58)
Não dá para não reparar
que o Jejum deve ter um motivo certo que deve ser acompanhado de uma atitude de
justiça (Is 58:6). Só assim a cura brotará (Is 58:8) Em resumo o jejum de ser a abstinência de algo com o
objetivo de consagrar-se a Deus, buscar a sua palavra. Tem um simbolismo muito
interessante eu me afasto de algo, o alimento, eu estou me afastando do mundo
para se aproximar de Deus. Esta atividade deve ser acompanhada, logicamente, de
uma atitude de reverencia, e adoração de comunhão com o Senhor.
Mas para nós o que é e o
que pode fazer nossa vida? A resposta parece clara. Se eu busco a Deus através
do jejum, com ou sem um proposito definido, eu trago os céus até mim. As minhas
petições são atendidas, as minhas causas são julgadas. Nós veremos nos tipos de
Jejum, abaixo, algumas situações que, na Bíblia foram resolvidas com jejum. Repare que em cada “tipo” de Jejum há uma
atitude que deve ser adotada enquanto de realiza o jejum. Todas se relacionam
o texto de Isaias.
Tipos de Jejum
Para apresentar as
razões resolvemos classificar em tipos epersonagens do jejum. Esclarecemos
assim a importância dessas nove razões para jejuar, nestes nove personagens bíblicos cuja vida ilustra
cada um dos aspectos do Jejum.
1. O jejum do discípulo (Mt 17.21)
O objetivo é “soltar as ligaduras da impiedade” (Is 58.6). Buscar libertação da escravidão do pecado e do diabo para
si mesmo ou para outros. Existem certas castas de demônios que só saem pela
oração acompanhada de jejum. Os discípulos não jejuavam, por isso não puderam
libertar o garoto.
Tenha com atitude: Renuncie a todo controle falso do inimigo; reconheça o autoengano;
perdoe para vencer a amargura; submeta-se à autoridade de Deus e da Igreja;
assuma responsabilidades pessoais e livre-se das influências pecaminosas.
2. O jejum de Esdras (Ed 8.23)
O objetivo é “desfazer as ataduras da servidão” (Is 58.6). Resolver problemas, invocar a ajuda do
Espírito Santo, aliviar pesos e superar barreiras que nos impedem de caminhar
com alegria diante do Senhor. Deus já havia liberado a benção de voltar para a
terra de Israel, mas haviam inimigos no caminho que tentavam bloquear a bênção.
No mesmo princípio, já temos a bênção do Senhor, mas às vezes precisamos romper
com pesos e resolver problemas.
Atitudes corretas: Escolha os que se comprometerão a jejuar com você;
compartilhe o problema para ser ajudado; jejue com seriedade a espera de
orientação antes de tentar uma solução própria.
3. O jejum de Samuel (1Sm 7.6)
O objetivo é “por em liberdade os oprimidos” (Is. 58.6). Para ganhar almas, se identificar com
pessoas escravizadas, orar e ser usado por Deus para tirar pessoas do reino das
trevas e trazê-las para o reino de Deus. É o jejum do avivamento. Samuel jejuou
para que Israel fosse liberto do pecado.
Atitudes: Convoque a célula para reunir-se e jejuar (v.5,6); demonstre arrependimento
genuíno (v.3,6); afaste-se do pecado secreto; faça a
confissão do pecado pelo grupo (Dn 9); espere a liberação de uma Palavra de
Deus (1Sm 3.1); faça do seu jejum um símbolo de sua
atitude.
4. O jejum de Elias
(1Rs 19. 4-8)
O objetivo é “despedaçar todo jugo” (Is 58.6). Superar problemas emocionais ou
mentais que controlam nossas vidas e devolver o controle ao Espírito do Senhor.
Embora não se diga que foi um jejum, Elias deliberadamente ficou sem se
alimentar enquanto fugia de Jezabel. Depois desse jejum, ele foi ministrado no
monte do Senhor.
São atitudes deste Jejum: Prepare-se fisicamente e emocionalmente (v.5-8); reconheça seus limites; vá para um
lugar onde você possa encontrar- se com Deus; jejue para ouvir a palavra do
Senhor (v.9); deixe que a Palavra de Deus revele
sua franqueza; confesse sua fraqueza diante de Deus (v.10); não espere sempre
manifestações extraordinárias de Deus (v.11-13) e veja Sua palavra de
maneira positiva (v.15,16).
5. O Jejum da viúva (1Rs 17.
13-16)
O objetivo é “repartir o pão faminto e abrigar o pobre
desamparado” (Is 58.7). Suprir as necessidades básicas das
pessoas que estão ao nosso derredor. Deus enviou o profeta Elias a uma viúva
pobre que estava prestes a morrer de fome. Mas Elias em vez de dar-lhe comida,
pediu o que ela tinha para ele mesmo. Quando a viúva resolveu dar ao profeta a
última comida que lhe restava, ficando ela mesma de jejum, o Senhor fez o
milagre da multiplicação.
Atitudes: Volte-se para o seu próximo; reconheça as próprias bênçãos; separe
uma parte do seu próprio suprimento para suprir outros; jejue e ore para
receber orientação de Deus; ore por aqueles a quem você ajuda; identifique-se
com o sofrimento dos outros.
6. Jejum de Paulo (At 9.9)
O objetivo é “romper a luz como a alvorada” (Is 58.8). Quando temos de tomar decisões
cruciais, precisamos permitir que a luz de Deus venha trazer discernimento e
uma perspectiva esclarecedora. Depois de encontrar com o Senhor no caminho de
Damasco e ficar cego, Paulo começou a jejuar e, no final deste jejum, Ananias
foi enviado a ele para que voltasse a ver e fosse batizado.
Ao realizar o jejum: Separe tempo para ouvir o Senhor; faça uma auto avaliação
honesta; deixe de lado o seu esforço e renda- se a Deus; procure um lugar
apropriado para orar; aplique-se à oração e obedeça ao que você ouviu de Deus.
7. O Jejum de Daniel (Dn 1.8)
O objetivo é “a tua cura brotará sem detença” (Is 58.8). Para conseguir uma vida mais saudável
ou receber cura para alguma enfermidade. Daniel se absteve de alimentos pagãos
e manjares do rei para honrar a Deus. No final, o resultado foi que ele estava
mais saudável que os demais da corte do rei.
Assim você de ter um compromisso espiritual no seu jejum; fazer do seu jejum um
tempo de disciplina; orar para compreender onde há pecado na sua dieta
alimentar; realize do seu jejum uma declaração de fé; entender que o próprio
jejum é um meio legítimo de ter saúde física.
Muito usado nas igrejas nos dias atuais como convocação os jejum o Jejum de Daniel
tem algumas características:
São 21 dias orando três vezes ao dia e comendo somente
verduras, legumes e frutas; bebendo água e sucos naturais.
"Resolveu
Daniel, firmemente, não se contaminar com as finas iguarias do rei.
Experimenta, peço-te que se nos dêem legumes a comer e água a beber" (Dn
1:8-12)
Como é feito o jejum de Daniel ? Nos 21 dias do jejum de
Daniel, quem estiver fazendo deverá abster-se de qualquer hábito que produz
prazer carnal. Cada pessoa deverá tomar suas próprias decisões. Lembrando que o
período do JEJUM DE DANIEL, é a morte do homem natural (carnal) e a
ressurreição do homem espiritual (I Co 2:14-15).
8. O jejum de João
Batista (Lc 1. 15)
O objetivo é “a tua justiça irá adiante de ti” (Is 58.8). Que o nosso testemunho e influência do sal do Senhor em
nossas vidas sejam realçados diante das pessoas. João Batista tinha o jejum
como estilo de vida, pois era nazireu, não bebia nada que viesse da uva. Isso o
caracterizava como alguém separado pelo senhor para uma missão especial.
Atitudes correta: Faça do seu jejum uma proclamação de sua separação para Deus;
decida ser alguém que possui uma vida devotada a Deus; trabalhe com a
possibilidade de fazer do jejum um estilo de vida; registre por escrito o testemunho
que você deseja obter e submeta seu estilo de vida a Jesus.
9. O Jejum de Ester (Et 4.16;
5.2)
O objetivo é que “a Glória do Senhor esteja sobre nós” (Is. 58.8). O jejum de Ester não foi para poupar a própria vida, mas
para que a Glória do Senhor se manifestasse livrando o seu povo.
Ao realizarmos o jejum precisamos reconhecer
o inimigo como a origem do perigo; entenda a natureza da batalha espiritual;
reconhecer o poder de Deus para guardá-lo; devemos jejuar para vencer a
cegueira espiritual; precisamos entender que o jejum é apenas parte do processo
e que jejum para a batalha são mais efetivos quando feito em grupo.
Quanto ao jejum de Ester precisamos
entender também que Ester
sabia da situação critica que enfrentava-se,
e se posicionou em jejum e oração, pois sabia que seria necessária uma
intervenção de Deus para que o rei Assuero não só aceitasse ouvi-la, mas
atendesse o desejo do seu coração. A situação de Ester era delicada, mas ela
agora entendia plenamente o porque de Deus a colocar como rainha, pois o Pur
já estava lançado, a lei já estava
assinada pelo rei, já tinha dia e hora para todo o povo judeu morrer, e o que
Ester deveria realizar seria uma tarefa impossível aos olhos humanos, pois a
lei era irrevogável. E muitas vezes enfrentamos situações delicadas, momentos
em que humanamente se torna impossível um desfecho favorável, e neste momento
muitos se desesperam, tem atitudes loucas, fogem de suas responsabilidades, são
guiados pela carne e consequentemente vivem assolação, tristeza e morte.
Mas aprendemos uma grande lição
espiritual com Ester, ela usou da arma do jejum e da oração.
“6 - Não andeis ansiosos de coisa alguma;
em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela
oração e pela súplica, com ações de graças.
7 - E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
Filipenses 4.6-7
Ester em oração e jejum venceu toda
ansiedade proveniente da aflição e insegurança que sentia em face ao seu grande
desafio, e recebeu a paz de Deus que a orientou sobre a estratégia certa para
abordar o rei e recebeu o seu favor. Quando você estiver em jejum poderoso,
orando incessantemente, tenha certeza que Deus te dará paz em meio a tuas guerras,
a direção, a palavra certa, a atitude correta, para que você possa entrar na
presença do Rei Jesus preparado para receber o desejo de seu coração.
Estas considerações servem
apenas de orientação aos propósitos e significados do jejum. Nunca podemos esquecer
que experiência de cada um com Deus deve ser individual, personalíssima, não
pode ser transferida dever realizada e vivida entre você e Deus!